*Escrevi este texto há dois anos, mas é daqueles textos que estão sempre atuais, por isso resolvi postar agora.
Com duas filhas adolescentes, todas as mudanças e renovações parecem ainda mais necessárias e urgentes. Há tanta coisa nova para entender, aprender, me adaptar. Novas necessidades, novas palavras, novas gírias, novas músicas, seriados, valores, pontos de vista. Afinal, trinta anos nos separam… Será que os pais das gerações anteriores também se sentiam assim, ou a geração deste início de século XXI está dando um salto triplo na comunicação entre as gerações?
Não me prendo ao passado. Gosto das tradições, adoro estudar História!!, mas não vivo do que já passou. Gosto de mudar. Mas confesso que apesar de não ter medo das mudanças, tinha medo da adolescência. Desde que minhas filhas nasceram eu questionava se teria a paciência, a sabedoria e a resiliência necessárias para enfrentar esse período que eu imaginava tão turbulento. Fazer um paralelo entre a minha adolescência e a atual pode ser um ponto de apoio: me faz lembrar das descobertas e ansiedades da adolescência e me dá um olhar mais paciente para dúvidas e picuinhas que à primeira vista parecem distantes da minha realidade.
Me emociono com cada mudança das minhas filhas
Me emociono mesmo, às lágrimas! Foi assim quando, por volta de um ano, passaram a entrar sozinhas na piscina na aula de natação (até então eu entrava junto). E também com as primeiras frases escritas, formadas apenas por vogais. Agora vejo minha filha mais velha preparando seu próprio café da manhã (ou melhor, não vejo, porque a essa hora ainda não levantei), arruma suas coisas e sai sozinha para a escola. Ouço suas opiniões tão assertivas e fico boba com a segurança que ela tem aos catorze anos, a tranqüilidade com que resolve seus impasses.
Estou apenas no início dessa jornada de mãe de adolescentes, com muitos questionamentos, muitas novidades para aprender, muitos aplicativos, gírias, seriados e listas de músicas para desbravar. E tudo isso tem sido renovador.
Estamos sempre em busca de renovação
Quando é hora de mudar? Quando é a hora certa de recomeçar, virar a página, começar de novo? Apesar de me considerar uma pessoa tranquila, vivo constantemente num radar. Cada novidade, cada movimento chama minha atenção. Gosto de observar os movimentos e as reações das pessoas a eles. A avalanche de informações dos tempos atuais torna isso ainda mais forte, quase sufocante.
E aí decido que é hora de mudar, renovar, fazer diferente. Acho que estamos todos em busca de inovação, mesmo quando penso “o que mais posso fazer de diferente? O que ainda há por fazer?” E descubro que muita coisa. Estamos sempre mudando. Agora mais do que nunca.
