Agora que Marie Kondo estreou seu programa na Netflix (Ordem na Casa), voltei a pensar nas arrumações aqui em casa. Marie Kondo entrou na nossa vida de repente. Eu já tinha visto o livro A mágica da Arrumação nas livrarias, já tinha ouvido alguma coisa sobre Marie Kondo, mas eu já tinha lido tantos livros e tinha tantas dicas sobre organização, que achei que tinha visto o suficiente sobre o assunto.
Até que minha cunhada indicou o livro para meu marido, um acumulador assumido. Ele me falou assim, meio de brincadeira. Lembro que estávamos no clube e eu lembrei que já visto visto o livro da Marie Kondo na biblioteca do clube. Na mesma hora fui até a biblioteca e retirei o livro. Foi muito engraçado porque, logo nas primeiras páginas tem alguns depoimentos de pessoas que mudaram suas vidas depois que aplicaram o método KonMari, desenvolvido por ela, e um deles é o de uma mulher que depois que aplicou o método descobriu que não precisava de quase nada na sua casa e se desfez de muita coisa, inclusive do marido… e que agora é muito mais feliz!!! Claro que mostrei isso para o Marcelo na hora!!! Não poderia deixar passar a piada, né?!
Depois de ler os dois livros (o outro é Isso me traz alegria, um guia ilustrado do primeiro livro) e de aplicar o método aqui em casa (ainda em progresso…), percebi que três coisas fazem toda a diferença na organização:
1 – Isso me traz alegria?
A grande sacada do método KonMari é que ele recomenda algo muito simples: mantenha apenas o que você gosta e se desfaça do que não gosta. Simples, mas também complicado para algumas pessoas porque é um conceito subjetivo, te obriga a pensar “Do que eu gosto?”. Se coloque na frente do seu guarda-roupa e esta pode não ser uma experiência fácil, mas será transformadora. No mínimo você vai perceber que não sabe exatamente do que gosta. E por isso não entende porque tem tanta coisa no guarda-roupa, mas sempre acha que não tem nada quando vai escolher algo para vestir.
2 – Organize por categoria
Outra coisa que pra mim fez TODA diferença: organize tudo por categorias. Passei anos tentando organizar a casa um cômodo de cada vez e a minha impressão era de que nunca saía do mesmo lugar.
No livro, Marie Kondo conta uma história que pra mim fez todo o sentido: ela arrumava os itens do banheiro, tirava os remédios que estavam fora da validade, frascos de cremes e escovinhas de massagem que não precisava mais, organizava os rolos de papel higiênico e sabonetes, e deixava tudo em ordem. Aí chegava a vez de arrumar o armário do roupeiro. E o que ela encontrava lá? Remédios (alguns fora da validade), cremes e escovinhas de massagens, rolos de papel higiênico, sabonetes… Ou seja, as mesmas coisas que também estavam no armário do banheiro. E existe uma chance enorme de no outro banheiro da casa encontrar esses mesmos itens. E a arrumação parece que nunca acaba.
A organização por categorias é rápida e certeira. Por exemplo: sapatos. Para começar você precisa juntar todos os seus sapatos no mesmo lugar. Os meus ficam num armário no meu quarto que uso como sapateira, mas alguns estão dentro do closet. Você pode guardar sapatos de festa ou botas de inverno no maleiro, ou no guarda-roupa do outro quarto. E não se esqueça de olhar na lavandeira, se tem algum sapato lá para limpeza. Leve todos para um lugar que tenha mais espaço, como a sala. Com tudo junto fica mais fácil ter uma noção de quantos pares de tênis, botas, sandálias você tem e de quais quer manter. E só depois de separar tudo, de decidir quais sapatos ficam e quais saem, você vai se preocupar com a organização.
3 – O que vai embora será útil para outra pessoa
Aqui já passamos pela arrumação de roupas, sapatos e livros. Posso garantir que é transformador, para mim um alívio ver tanta coisa tomando seu caminho. Sei que pra muitas pessoas é difícil se desfazer das coisas – vejo o conflito do meu marido que até quer se livrar da bagunça, racionalmente sabe que vai ser ótimo ter as prateleiras organizadas, mas tem um apego enorme para se desfazer das coisas facilmente. Por isso, o mandamento “mantenha o que te traz felicidade, se desfaça do resto” deve estar sempre em mente. E também gosto de pensar que as coisas de que nos desfazemos serão úteis para outras pessoas. Não vão mais ficar esquecidas no fundo de um armário ou no canto de uma prateleira, sem uso. Sendo úteis para alguém ganham vida e renovam o ciclo. Afinal, não é disso que se trata a vida, ciclos que se renovam?
